Foto: Divulgação
Faleceu, em João Pessoa, no início da manhã desta segunda-feira (30), o cineasta pernambucano e radicado na Paraíba Linduarte Noronha. Noronha estava internado desde a última sexta (20) na UTI do Hospital Memorial São Francisco, na capital paraibana.
O velório está sendo realizado no cemitério Parque das Acácias e o sepultamento está marcado para as 18h. De acordo com a sobrinha do cineasta, Cecília Noronha, Linduarte foi internado por causa de uma dificuldade respiratória, após ter passado por uma pneumonia. Por volta das 5h, o cineasta teria sofrido uma parada cardíaca e não resistiu.
Até esta semana, os familiares não estavam se pronunciando sobre o estado de saúde de Linduarte nem permitiam que o hospital desse informações sobre o quadro clínico do cineasta.
Linduarte Noronha, pernambucano de Ferreiros, é considerado um pioneiro do cinema na Paraíba, onde constituiu toda a sua carreira. Também é precusor do Cinema Novo no Brasil. Aruanda (1960), seu curta-metragem mais famoso, foi reverenciado até mesmo por Glauber Rocha, representante mais expressivo do movimento. Antes de enveredar pelo documentário, Noronha foi repórter e crítico de cinema. [Assista Aruanda:]
A crítica credita a Aruanda o surgimento de toda uma escola de documentários na Paraíba, a partir dos muitos companheiros de equipe de Noronha, como Vladimir Carvalho, João Ramiro Mello e Rucker Vieira. Em sua carreira no cinema, Linduarte realizou apenas dois outros filmes: o curta O Cajueiro Nordestino e, já nos anos 70, o longa-metragem O Salário da Morte.
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